sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Crença Necessária (Com permissão de Fernando Pessoa e Rogemar)

Acredite no poeta,
mesmo ele sendo um fingidor.
Sonha tão profundamente,
como a necessidade que deveras sente.

Acredite na escrita do poeta,
sua forma intensa de se mostrar;
Tudo prá ele é beleza:
- as paixões, as dores,
- as pessoas, a vida,
- o amar!

E assim o poeta vive,
tentando driblar a razão.
Prá ele, tudo é momento,
tudo é poesia.
Sonha em dias quentes,
Vibra à luz da lua,
Decifra o silêncio das montanhas,
E se encanta com o barulho das ruas.

Acredite no poeta,
mesmo quando jura, que não mente.
Poeta é feito criança.
Inventa, aumenta, acredita,
Faz bolas de sabão.
Corre no vago, escreve no chão.
Por que tanto a criança quanto o poeta,
concebe o inconcebível,
diz o indizível,...é todo coração!